10 de novembro de 2011

Um dia tiro-te daqui. De dentro do peito.

"Lamentavelmente não deixa de ser irónico o contraste entre a preocupação e o carinho consagrados por gente que mal me conhece [são amigos dos amigos dos amigos dos amigos] e o silêncio de outros, daqueles de quem tanto esperei e a quem tanto quis. E sim, estou a falar de ti. Estou precisamente a falar de ti. Nem sabes o quanto lamento e o quanto me custa. O teu silêncio, a tua atitude. O teres desistido de mim, assim, com tamanha desfaçatez e facilidade. Só que isto passa. Um dia isto passa. Mas há dias em que ainda me custa."

Já passaram mais de três meses que desististe de mim... Eu nunca desisti de ti. E olha que tive motivos para o fazer, pois sempre descarregaste em mim as tuas frustrações. A nossa amizade permitiu-me adquirir a capacidade de ouvir e ajudar sem assumir as tuas questões como minhas. Para além de companhia esforçava-me para ser perspicaz e antecipar-me..., estive sempre lá para ti (antes mesmo de precisares).
No fundo também tenho que te agradecer, porque sei que aprendi imenso com tudo o que me permitiste viver. Sei que fizeste parte do processo de me tornar uma pessoa muito melhor.

Mas julgava-nos amigas, aliás muito amigas. Julgava até que estavas num momento da tua vida em que estavas a conseguir evoluir em termos pessoais, e que de algum modo eu estava a ajudar! Não percebo como é que não foste capaz de te defender e dizer "Pára", preferiste acumular "coisas más" dentro de ti e despejá-las todas para cima de mim num momento tão importante da minha vida!
 
Mas deixa... isto passa! Um dia isto passa! Mas há dias em que ainda me custa.


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